A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) divulgou uma carta pública em que manifesta repúdio às agressões sofridas pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, nessa terça-feira, 27 de maio.
No documento, a entidade ressalta a atuação firme e corajosa da ministra na defesa do meio ambiente, baseada em premissas científicas e legais, e destaca o papel do IBAMA e do MMA na preservação ambiental — como demonstrado pela redução de 46% do desmatamento na Amazônia em 2023. A carta também denuncia o grave retrocesso representado pela recente flexibilização do licenciamento ambiental aprovada pelo Senado.
Ao manifestar sua solidariedade à ministra, a SBPC afirma que a ciência, o meio ambiente e os povos originários devem prevalecer sobre interesses econômicos imediatistas e declara: “Força, Marina! A SBPC e a comunidade científica brasileira estão ao seu lado.”
Veja a nota na íntegra:
Marina Silva: um exemplo de brasilidade sendo agredida pelo Congresso nacional
A SBPC manifesta seu forte repúdio às agressões sofridas pela ministra Marina Silva durante sessão pública da Comissão de Infraestrutura do Senado Federal. Marina sempre teve uma atuação firme e corajosa em defesa das pautas ambientais e climáticas. A comissão a convidou para discutir projetos de infraestrutura que fortemente agridem a já precária situação ambiental do Brasil, como o asfaltamento da BR 319, a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, entre outros projetos. Também foi convidada para discutir a criação da maior Unidade de Conservação Marinha do país, no litoral norte, mais especificamente na região da chamada Margem Equatorial.
Marina deixou claro que a política ambiental brasileira parte de premissas científicas e técnicas. Deixou claro que a função do IBAMA é cumprir a legislação, e pela preservação de nosso meio ambiente. Importante lembrar o sucesso do MMA e IBAMA, ao reduzir em 46% do desmatamento na Amazônia em relação a 2022, segundo dados do INPE.
O evento ocorreu dois dias após o Senado votar a “flexibilização” do licenciamento ambiental, que tira do IBAMA e do MMA o cuidado com projetos que tenham impacto ambiental significativo, e coloca o licenciamento nas mãos de quem tem interesse econômico nestes empreendimentos. Marina se posicionou fortemente contra o mais profundo retrocesso no licenciamento ambiental feito nas últimas décadas.
A SBPC manifesta sua solidariedade à ministra Marina Silva, e afirma que os interesses do meio ambiente, da ciência e dos povos originários de nossas florestas estão acima dos interesses econômicos imediatistas de quem quer destruir o equilíbrio ambiental de nosso Brasil. Força, Marina! A SBPC e a comunidade científica brasileira estão ao seu lado.
São Paulo, 28 de maio de 2025
Diretoria da SBPC
SBPC